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Ah, lar, doce lar… Pelo menos foi assim que me senti depois da viagem de quase de dez horas de Dar-es-Salaam para Cape Town. Fish Hoek, apesar de não ser a minha casa, é o que mais se aproxima disso na face da Terra atualmente: Internet de verdade, meu violão, próximo do shopping e de restaurantes fast-food.

Coloquei algumas fotos de Zanzibar on-line. Essa aqui de baixo sou eu na loja de quiquilharias mil que comentei:

Cape Town está bem cheia de turistas, e cheia de luzes de Natal. Estou confirmado para voltar dia 10 de Janeiro, só preciso ir lá na SAA pagar as taxas de mudanças. Agora é só curtir os últimos dias Africanos, que já estou bem home sick.

Aliás, já já está na hora de restrospectiva 2007, né. Ainda bem que esse blog não tem especial Roberto Carlos. Vou ter que ler uns posts antigos, para ver o que aconteceu e o que não. Por exemplo, nem aprendi a cozinhar, mesmo.

Até!

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Estou aqui no Tembo (Elefante, em kiSwahili) Hotel, em Stonetown, Zanzibar. Essa ilha é muito louca, uma mistura de África com as arábias. A cidade em si não nega o nome, e lembra Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida, quando eles gravaram na Tunísia. Várias pequenas ruas estreitas, com casas de paredes maciças (30-50cm!) e três andares. Cabos de todos os tipos montam um emaranhado que te segue por todos os lados.

Chegamos ontem, de barco. Saímos da Mainland cedíssimo, no barco das sete horas (acordei cinco e meia). Para sair, uma bagunça. Tinha outro barco saindo junto com o nosso, e as filas se desfaziam e eram organizadas novamente. Depois de muito esperar, finalmente nos dirigimos para o barco, o Sea Express. Fomos de primeira classe, que era praticamente a classe Mzungo. Todos os brancos estavam lá. Para ficar totalmente primeira classe, um grupo de dinamarqueses ainda dividiram o seu caviar. Eu, claro, não fiquei comendo ovas de estranhos.

Zanzibar é conhecida pelas especiarias, pimentas, baunilha, gengibre e etc. E tem um status um tanto peculiar na Tanzania. Eles tem até o próprio presidente. Tanto que precisei de meu passaporte, devidamente carimbado, ao entrar na ilha. Outra coisa interessante é ver as heranças do sultanato que vigorou por aqui até a revolução da Tanzania, como o palácio do sultão e a quase completa população islâmica.

Tem muita loja de antigüidades por aqui, onde você pode comprar relógios, bússolas, estátuas,
cadeiras e todo o tipo de tranqueira. Fomos em uma loja imensa, com três andares de bugigangas. Aquele típico lugar onde você acharia um Mogway (aquele bichinho que se transforma nos Gremlins) ou a márcara do Máscara. Tirei até umas fotos.

Ontem fomos tentar jantar num restaurante recomendado por um amigo da mãe, mas olha só o nome: Coco de Mer. Passamos o lugar escatológico (não pelo nome, claro), e comi um camarão fantástico no restaurante da frente. A única coisa que atrapalhou um pouco até agora foram as dores de cabeças, acho que por causa do calor. Mas compramos um analgésico massa na farmácia por 2mil Shilinguis, chamado Bruceta Forte (putz, olha os nomes!). É forte mesmo.

Amanhã voltaremos no barco do meio dia, e hoje o plano é dar uma passadinha nos museus. E voltando para Dar, é preparar a mala para estar de volta na África do Sul.

Até!

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E estou de volta em Dar. Internet, só aqui no trabalho do Peter. Em casa, quando tem luz já é lucro! 🙂

Estou tentando “uploadear” as fotos, não sei se vai rolar. Estava dando uma síndrome de abstinência de Internet, mas depois de tanto tempo fui ler meus e-mails e 90% era só zoação com o Corinthians. Mas recebis e-mails e comentários simpáticos também, obrigado!

Amanhã vamos para a Ilha de Bongoyo, dar uma mergulhada nos corais, nadar e tals. Na terça, vou para Zanzibar, a ilha mais árabe da África! E dia 16, de volta para Fish Hoek.

Até!

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Acabo de chegar de volta para Dar-es-Salaam, depois de ir para Moshi, Arusha, e o parque Tarangere, na beira do Kilimanjaro. No parque, eu o Peter fizemos um belo dum safari. Vocês podem conferir as fotos lá no meu álbum do Picasa.

Moshi fica uns 500km de Dar-es-Salaam, na beira do Kilimanjaro. Ficamos na casa da Lisa, uma alemã amiga da minha mãe. De lá, eu e o Peter fomos para o Tarangere, um parque próximo de Arusha. Ficamos no alojamento do parque, e fizemos dois passeios de carro. Um, no mesmo dia que chegamos, próximo do por do sol, e outro no dia seguinte, as cinco da manhã. Foi bem legal. Esse parque é considerado um dos melhores para ver elefantes (e foi mesmo) e Baobás. Não conseguimos ver nenhum felino, mas valeu bastante a pena.

A Tanzania é bem africana mesmo. O kiSwahili é bem interessante. Hakuna Matata é coisa para turista (e eles até falam para os brancos/Mzungos), mas na real esse termo não existe entre os nativos. Safari é viagem, Simba é leão, e outras coisinhas assim. Aqui, cumprimentos são muito importantes. Não importa quem/quando/onde, tem que perguntar da família, do trabalho, se está tudo bem, desejar paz (Salama!) e aí sim, pode entrar no assunto (que horas são, por exemplo). Entre jovens, um simples Mambo? (Belê?) Poa! (Sussa) tá valendo.

Outra coisa interessante é que apesar do calor danado, todo mundo usa calças compridas, e com freqüência camisas de mangas compridas. E bermudas e ficar sem camisa é considerado desrespeitoso. Um carioca ou baiano estaria perdido por aqui. Sem falar nos Massais, que usam aquele monte de pano no corpo! Estou lendo sobre a região leste-central da África, que um lugar muito interessante, contendo a Tanzania, Kenya e Uganda.

E depois de conhecer a história da África do Sul com duas biografias do Mandela e a visita ao Museu do Apartheid, agora também estou lendo a respeito num romance do Kurt Wallander, personagel do Menkell, escritor Sueco que eu gosto (o Gugs também). O romance se chama The White Lioness, e eu recomendo.

Ainda fico aqui até o dia 16, que é quando eu volto para Fish Hoek, na África do Sul. Enquanto isso, aproveito a piscina e calor constante de todos os dias. Final de semana que vem estamos planejando de ir para Zanzibar, ilha praticamente árabe, que não é longe aqui de Dar. Aliás, o nome Tanzania vem do lago Tanganyca, que corta o país na fronteira com o Congo, e das ilhas de Zanzibar.

Até!

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Finalmente cheguei na África de verdade. Aqui em Dar-es-Salaam tem tudo icônico africano que você pode imaginar. Grande maioria negra, a língua do Hakuna Matata, um calor de te deixar suando o dia inteiro (e a noite também), malária, pobreza, estradas precárias, falta de água e falta de luz e tudo mais.

KiSwahili, a língua mais falada por aqui, é a língua franca e do comércio de toda a África Central. É falada, além da Tanzania, em Moçambique, no Congo, Botswana, e outros mais. Já aprendi o basicão (tafadhali e assante sana, por favor e muito obrigado). A moça que trabalha aqui, Mama Bignola, fala trocentas línguas! Além do Inglês e kiSwahili, fala Xhosa, Zulu, e outras que nem sei o nome. Ah, qualquer senhora é Mama, aqui na Tanzania. Minha mãe é Mama Valéria as well.

Fiquei impressionado como as moças negras são bonitas aqui! Muito gatas mesmo. E tipo gente no meio da rua, não no meio do shopping. Na África do Sul, as gatas são brancas, mas todas super produzidas…

O calor é descomunal. Lembra Maceió, mas já faz mais de 10 anos que deixei o Nordeste brasileiro e estou desacostumado. Você acorda suado, está suado depois do banho, e não consegue colocar camisas de jeito nenhum! Ainda bem que rola um ar-condicionado no carro, e em vários restaurantes, lojas, tals.

Aqui em casa (que é enorme) tem uma delícia de piscina, especialmente de manhã. Depois das nove, fica impossível para mim ficar no sol, e no final do dia fica gostoso de novo, mesmo com a piscina super morna.

O trânsito é um caos completo. Vai no vermelho e para no verde, mas isso só quando o sinal está funcionando. Temos um Land Rover aqui, que é massa de dirigir, mas esqueci minha habilitação em Cape Town! D’oh!

Os mosquitos dão a maior paranóia. Durmo com rede mosquiteiro, e tem repelente de tempos em tempos pelo corpo. Não que seja mega trevas assim, mas em país com Malária, não tem outro jeito, só prevenção mesmo.

Em geral o povo é alegre e receptivo. A miséria e pobreza são evidentes do lado de fora do portão de casa, e essa é uma vizinhança mais rica.

Meu plano é ficar aqui pelas próximas três semanas, aproveitando bem a piscina. Barbudo, cabeludo e queimado de sol, vou voltar igual a um náufrago. Ainda bem que o Peter e a mãe estão por aqui para não precisar do Wilson.

Até!

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Amanhã, às quatro da manhã, saio daqui de Fish Hoek para Dar-es-Salaam, capital da Tanzania (na verdade a capital é Dodoma, mas era Dar), com previsão de retorno dia 17 de Dezembro. Não devo ter Internet regular por lá, então fica aqui um até breve. Estou levando a máquina fotográfica para mostrar para vocês um pouco de lá quando eu voltar.

Até!