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E hoje comi frutos do mar que nem um louco. Estou até meio passado. E as baleias hoje estavam muito felizes, saltando pra lá e pra cá aqui na False Bay. Fui almoçar com o Robert no Bell BrassBrass Bell, um restaurante bem famoso aqui da península. O restaurante fica em Kalk Bay. E, aparentemente, agora tem Internet de verdade em casa. Ontem e parte de hoje ficamos sem telefone nenhum.

Mas acho que agora a coisa deve estabilizar, e apesar de custar um milhão de dólares, até que o Skype rola direitinho nessas bandas. Mandem um alô! 🙂

Até!

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Hoje tive minha segunda aula de Inglês, com mais ou menos as mesmas pessoas, mas menos. Estamos já combinando um evento qualquer para sexta feira. E hoje, fui de trem. Como eu esperava, na “primeira” classe, somente brancos. Quer dizer, até entraram negros e pardos mais tarde, mas nos outros vagões, nenhum branco. Bem bizarro, na verdade. A passagem daqui até Claremont, ida e volta, custa 11 Rands na primeira classe, 8.50 na terceira. Não tem segunda. Diferença de R2.50, que dá menos de um real. É isso que um branco paga para viajar longe dos negros por aqui, agora que o apartheid acabou. Eu, heim.


Fomos almoçar com a Juta e Hans Peter, amigos alemães da minha mãe. Comi pacas, e a casa deles tem uma visão magnífica da Table Mountain como vocês podem ver pela foto acima. Quinta feira tenho meu primeiro almoço de negócios por aqui, vamos ver como sai.

Até!

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Hoje tive minha primeira aula de Inglês. Eu e mais uns oito estrangeiros, numa sala um tanto quanto apertada (dizem que vão deixar com menos alunos, vamos ver). Só eu e o Teddy de homens, o resto só mulherada (depois chegaram mais dois caras). Tres pessoas do Congo, uma da Tanzania, duas da Alemanha, uma da república Tcheca, uma de Taiwan e uma da China. E claro, um do Brasilsilsil! Eu, claro.

O Inglês é bem britânico, e todos acham mega estranho o meu sotaque meio americano – meio miguelito. Mas essa turma está meio fácil pra mim, talvez eu mude para outra. Fui dirigindo hoje, mas amanhã vou tentar ir de trem pra ver qualé. Fomos pegar os horários do trem na estação aqui de Fish Hoek. Tem tickets para 1a e 3a classe. Perguntando qual a diferença entre elas, a moça do guichê ficou meio constrangida sem saber explicar muito bem. Uma outra pessoa atrás, que também ia comprar bilhete, explicou bem humorada que na 1a classe os assentos são mais fofos. Eu acho que na verdade até hoje a 1a classe é onde vão os brancos, mas ninguém pode admitir isso. Vamos ver, amanhã descubro.

Também fiz um caminho diferente voltando da escola de Inglês. Por que eu posso ou ir pela praia, por onde eu fui, que é bem massa, seguindo a costa, vendo areia, barcos, e tals. Ou pelo outro lado (e por cima) da montanha, que eu achei bem mais bonito. É meio cheio de curvas (e deve ficar sinistro de noite), mas definitivamente tem uma vista espetacular para ir durante o dia. E no caminho parei para comprar lenha, que está indo embora que nem água com esse frio daqui. E caiu um pedação de madeira no meu pé, bem no dedinho. Manja aquela dor de tupicão no frio? Pois é. Ai.

Só uma outra curiosidade. Domingo eu estava no bar tomando uma cerveja com a Rebecca, amiga do Davi de escola, quando de repente começo a ouvir o hino nacional!! O Felipe Massa ganhou o GP, e estava no pódio. Foi meio surpreendente, e gostoso. Massa, Felipe! 😉

Até!

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Os últimos dois dias foram bem cheios. Sexta feira voltei para o centro de Cape Town, no dia mais frio que eu peguei por aqui até agora. Estava chovendo, e a Table Mountain estava coberta de Table Cloth:


De manhã fomos no dentista, onde minha mãe começou a fazer seu tratamento de canal (Ai!). O dentista dela é um indiano bem bonachão, uma figura. Enquanto minha mãe sofria, fui até um café ali do lado e tomei um belo chococcino com croissant que estava uma delícia. De lá, aproveitamos para passar na Cape Town School of English, que era perto.

Lá, fiz meu teste para a aula de Inglês, que fiquei no Upper Intermediate, whatever it means. É uma sala meio lotada, então vamos ver na segunda como rola. De lá, fui conhecer as duas lojas de RPG de Cape Town. A Wizards e a Outer Limits. Não tem lá muita coisa, mas também não vou comprar nada que vá virar bagagem de volta. Minha idéia era só ver se arrumava uns contatos para jogar alguma coisa por aqui antes de ir embora. No final das contas, vi que a melhor idéia é arrumar uns contatos mesmo com os jogadores da UCT (University of Cape Town).

De tarde fomos para o Disa Park, o conjunto de prédios na base da Table Mountain, onde tirei a foto lá de cima. Ficamos lá um tempão conversando com Desmond e Veronica, amigos (e corretores) da mãe. Depois fomos de volta para o Greenmarket Square (uma feirinha meio famosa do centro de Cape Town) para encontrar o Robert, um amigo da época do Lead da minha mãe. O cara tem milhões de contatos aqui na África do Sul (na verdade, em todo o sul da África), e pode me ajudar bastante no trabalho para a Padtec. O cara até conhece os políticos envolvidos na copa do mundo, que todo chama aqui de twenty-ten (vinte-dez, em alusão à 2010).

Sábado fez o dia mais bonito desde que cheguei. Sol e céu azul o dia inteiro, estava fantástico. Logo de manhã, fui encontrar o professor de matemática John Volmink, que faz um trabalho de reforço de matemática para crianças carentes em Athlone, um bairro pobre das Cape Flats, uma das partes pobres da cidade. Me pegou num mini-ônibus, já com os seus três filhos pequenos dentro (um até dormiu no meu colo), e fomos pegando várias outras pessoas que ajudam o projeto.

Lá, fiquei no lugar de um dos professores que teve um acidente de carro. Ele até estava lá, mas de muletas e meio mals, coitado. Fiquei, durante umas três horas, tentando explicar para um grupo de oito alunos da décima-primeira séria (acho que é tipo primeiro ou segundo ano colegial) sistemas de inequações. Dá pra perceber que alguns dos alunos não tinha a menor idéia do que eu estava falando e precisam de pegar algo mais básico antes. Mas foi bem interessante, acho que vou ajudar nessas aulas todo sábado de manhã. Curioso também que só tinha eu e uma moça ruiva de brancos (no caso dela, bem branca). Todo o resto eram negros e pardos. Eu era o “cara do Brasil”! 🙂

É interessante que aqui só falo Inglês mesmo. Quando a mãe for embora, até vou sentir uma saudade de falar português. Espero que até lá eu já tenha Internet e Skype! 😀

Bom, mas depois o sábado continuou. Fui até Simon’s Town, a cidadezinha aqui do lado de Fish Hoek, para comprar cerveja. No caminho, uma mega baleia na baía de Simon’s Town, muito legal, super pertinho. Tentei tirar umas fotos com o celular, mas não saiu nada. Dá pra entender porque não conseguem foto do monstro do lago Ness! Ainda passei pela praia depois, porque estava um sol massa. Aí mais de tarde o Robert veio em casa para uma visita, onde ficamos três horas falando da política local (que merece um post a parte). Mais tarde, chegaram a Wendy (minha “sponsor” do meu visto) e seu marido Don, a Helen (filósofa) e seu marido Rob (matemático). Depois de uns vinhos e margaritas, o papo com esse povo ficou muito bom, altas viagens.

Enfim, foi dez. Segunda conto da minha aula de Inglês. Até!

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Vejam a vista do meu “escritório” aqui em Fish Hoek/Cape Town:


Massa, né? Às vezes dá pra ver baleias nadando na baía.

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E eu ainda estou aqui tentando fazer a Internet funcionar nesse país africano. Pedi já uma ADSL na empresa de telefonia local (e nacional, maior monopólio), mas demora de 3 a 4 semanas! Uau! Além disso, comprei uns créditos para usar Internet 3G pelo celular, conversando com o laptop via Bluetooth. Complicado? É, é mesmo. As vezes vai, mas a conexão dura uns 2-3 minutos. Saudades do meu 2Mbps Vírtua do Brasil, mesmo com todos os problemas. Enquanto isso, nada de World of Warcraft, e-mail ou mesmo aquela navegada matinal.

Por outro lado, as coisas vão indo bem. Fui lá na escola de Inglês, parece bacana, acho que vou começar na Segunda. É a manhã toda, três vezes por semana. Chatinho é ter que dirigir até Wynberg, mas nada muito mortal.

Além disso, estou me aventurando na cozinha. Por enquanto, só umas frigideradas, misturando o que tem na geladeira e colocando uns ovos em cima. As heranças da mãe, como champignons e pimentões. De manhã como uma granola massa. Tem um Woolworth aqui do lado (uma espécie de supermercado Pão de Açúcar), que dá pra se virar fácil.

Algumas pequenas mudanças são interessantes. Como ter que olhar primeiro para direita, e não pra esquerda, ao atravessar a rua, ou seguir pelo lado esquerdo da calçada se vier alguém. E, claro, toda vez que vou dirigir procuro o cinto no lado esquerdo e o câmbio do lado direito, sem sucesso. Mas estou acostumando. Dirigir por aqui é tranqüilo, mas tem vários congestionamentos nas horas de pico. Como em qualquer lugar.

Até!