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Finalmente cheguei na África de verdade. Aqui em Dar-es-Salaam tem tudo icônico africano que você pode imaginar. Grande maioria negra, a língua do Hakuna Matata, um calor de te deixar suando o dia inteiro (e a noite também), malária, pobreza, estradas precárias, falta de água e falta de luz e tudo mais.

KiSwahili, a língua mais falada por aqui, é a língua franca e do comércio de toda a África Central. É falada, além da Tanzania, em Moçambique, no Congo, Botswana, e outros mais. Já aprendi o basicão (tafadhali e assante sana, por favor e muito obrigado). A moça que trabalha aqui, Mama Bignola, fala trocentas línguas! Além do Inglês e kiSwahili, fala Xhosa, Zulu, e outras que nem sei o nome. Ah, qualquer senhora é Mama, aqui na Tanzania. Minha mãe é Mama Valéria as well.

Fiquei impressionado como as moças negras são bonitas aqui! Muito gatas mesmo. E tipo gente no meio da rua, não no meio do shopping. Na África do Sul, as gatas são brancas, mas todas super produzidas…

O calor é descomunal. Lembra Maceió, mas já faz mais de 10 anos que deixei o Nordeste brasileiro e estou desacostumado. Você acorda suado, está suado depois do banho, e não consegue colocar camisas de jeito nenhum! Ainda bem que rola um ar-condicionado no carro, e em vários restaurantes, lojas, tals.

Aqui em casa (que é enorme) tem uma delícia de piscina, especialmente de manhã. Depois das nove, fica impossível para mim ficar no sol, e no final do dia fica gostoso de novo, mesmo com a piscina super morna.

O trânsito é um caos completo. Vai no vermelho e para no verde, mas isso só quando o sinal está funcionando. Temos um Land Rover aqui, que é massa de dirigir, mas esqueci minha habilitação em Cape Town! D’oh!

Os mosquitos dão a maior paranóia. Durmo com rede mosquiteiro, e tem repelente de tempos em tempos pelo corpo. Não que seja mega trevas assim, mas em país com Malária, não tem outro jeito, só prevenção mesmo.

Em geral o povo é alegre e receptivo. A miséria e pobreza são evidentes do lado de fora do portão de casa, e essa é uma vizinhança mais rica.

Meu plano é ficar aqui pelas próximas três semanas, aproveitando bem a piscina. Barbudo, cabeludo e queimado de sol, vou voltar igual a um náufrago. Ainda bem que o Peter e a mãe estão por aqui para não precisar do Wilson.

Até!

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Amanhã, às quatro da manhã, saio daqui de Fish Hoek para Dar-es-Salaam, capital da Tanzania (na verdade a capital é Dodoma, mas era Dar), com previsão de retorno dia 17 de Dezembro. Não devo ter Internet regular por lá, então fica aqui um até breve. Estou levando a máquina fotográfica para mostrar para vocês um pouco de lá quando eu voltar.

Até!

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Achei esse site muito bacana, o ANIMOTO. Ele cria vídeos em cima de álbums de foto, inclusive importante automaticamente do Picasa. Muito da hora. Em menos de cinco minutos, fiz o vídeozinho abaixo da Johnny Rocker:



Muito bacana. Dá pra fazer maiores, mas resolvi fazer um curtinho para ver como era. Até!

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E terminou minha semana aqui em Johannesburg. Foi bem proveitosa, entrei em contato com clientes, melhorei meu inglês, e hoje aproveitei o último dia para ir ao Apartheid Museum, um museu gigante que conta a história do sistema racial de separação que marcou a África do Sul para sempre. É muito bem feito, conta a história de um jeito bem acessível e dinâmico. Mas a história, claro, é muito triste. Tem um belo resumo na Wikipédia.

O mais impressionante é saber que quando eu era moleque, o sistema estava firme e forte por aqui, e só finalmente caiu quando a liderança da África do Sul deixou de ser relevante no contexto da Guerra Fria, e os EUA começaram a pressionar com boicotes. Claro, teve vários fatores internos, mas se os EUA (e a Grã-Bretanha também, em menor escala) ainda quisessem uma garantia anti-comunista no cone sul africano, acho que ainda teríamos um governo branco por aqui.

Outra coisa bem interessante é que só haviam visitantes brancos no museu. Encontrei dois curadores, planejando uma nova exposição temporária, também brancos. Mas o caixa, seguranças, garçons e atendentes eram todos negros. Que fim do apartheid, heim? O governo da ANC passa por um problema bem semelhante ao governo do PT no Brasil, o completo deslumbre pelo poder. Triste.

Tirei essa foto, do skyline de Johannesburg, do museu:

Até!

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E hoje assisti ao polêmico Tropa de Elite. Na minha opinião, longe de ser um Cidade de Deus, mas dá para entender porque foi um fenômeno instantâneo no Brasil. Num país de completa impunidade (para os “mocinhos” e “bandidos”), ver alguma justiça, mesmo brutalizada e cega, dá uma sensação que não existe no dia-a-dia. Tinham que fazer um filme dum justiceiro que fosse matando deputados, senadores, empresários, servidores públicos e outras categorias das corrompidas em nosso país. Mesmo também sendo completamente fascista, também daria esse “gostinho”.

Eu não tenho a solução para o fim desse ciclo de violência do tráfico, mas também me identifico com o coro que quer dizer perdeu, preibói. Apesar de ser favorável à completa descriminalização da maconha (e já ter fumado uns beques aqui e ali na vida), nunca comprei bagulho. Nunca coloquei grana nesse círculo, mas conheço gente que coloca. Neguinho que pode viver sem, se quiser, mas compra porque quer curtir o barato, igual a legião de jovens que se entopem de álcool todos os dias em qualquer balada. Eu acho que nego que quer fumar um, ou encher a cara, que faça em casa, que plante sua erva, ou saiba de onde vem, pelo menos. Senão, tá financiando o tráfico.

Enfim, é um lance controverso, e dá pra entender o apelo. Como efeito colateral do filme, agora posso entender todas as referências do filme que vieram nos SPAMs por e-mail e na (sub-)cultura da Internet. Eu tava quase pedindo pra sair.

Até!

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Ontem foi um dia cheio. Ainda meio quebrado da aula de caratê de quinta, fui almoçar no Waterfront. Lá, aproveitei para ir ao cinema, acho que pela segunda (no máximo terceira) vez esse ano. Fui assistir a refilmagem do Invasores de Corpos, The Invasion, com Nicole Kidman e Daniel Craig. Achei o filme bem massa, é um thriller bem bacana. Um belo meio termo entre ficção científica e filmes de zumbi.

Depois do filme (onde eu era um de três na sala de cinema), dei uma passada no Two Oceans Aquarium, já que sou membro. Eles estão renovando um monte de coisa, e as focas se mudaram para Durban. De lá, fui para a Cape Studies School of English, em Sea Point, onde o pessoal da escola me chamou para um Braai (o churras sul-africano).

Levei o violão, e fizemos altas cantorias, primeiro em português, depois com vários Beatles pela noite. Foi bem massa. Também comprei mais dois álbuns da Madam & Eve, e volto com quatro na bagagem para o Brasil.

Até!