For those about to rock

Início do Show, a galera ainda chegando
Início do Show, a galera ainda chegando

E estive nessa sexta no maior show da minha vida: AC/DC, com mais setenta mil pessoas, no estádio do Morumbi.Experiência única e inesquecível, que vale a pena citar os detalhes.

Saímos numa van aqui de Campinas, em catorze pessoas, a maior parte delas funcionários da Tectoy Digital, onde trabalha o Brunão. Já em clima de rock’n’roll, partimos para enfrentar o trânsito de sexta-feira em São Paulo. Depois de vencida a jornada com muita paciência, descemos e fomos nos aproximando do estádio à pé. Eu nunca tinha ido no Morumbi antes, e me impressionei com a quantidade absurda de gente vestida de preto por todos os lados. Parecia um encontro de RPG, mas com menos garotas.

O sorriso que não saiu do rosto
O sorriso que não saiu do rosto

Do lado de fora as nuvens escuras preparavam a maior chuva do século. Garanti uma capa pra mim, enquanto a gente dava a volta no estádio procurando a entrada para as arquibancadas laranjas. Entramos no estádio exatamente no momento que começou uma chuva torrencial, mas ficamos embaixo das arquibancadas esperando melhorar. A chuva passou depois de dez minutos, e graças aos deuses do rock, não iria mais voltar.

Entrar no estádio é uma emoção à parte, é a mesma sensação de entrar num coliseu romano. A grandiosidade, o mar de pessoas, as luzes e tudo mais te deixa minúsculo. As arquibancadas tinham uns bons cinco centímetros de água em cada degrau, e fomos nos espremendo e escalando por um lugar. Eu estava preocupado em conseguir me encontrar com a Iara, já que fomos separados, no meio daquela multidão. E aí as luzes se apagaram, para a abertura do Nasi e sua banda, que tocou algumas músicas próprias, mas já veio rendido aos gritos obrigatórios de “Toca Raul” com “Sociedade Alternativa”.

A luz voltou, a Iara miraculosamente encontrou a gente, e depois de mais algum tempo, estávamos no mundo do rock. Um clipe alucinado de demônios e gostosas num trem desgovernado que termina numa explosão e uma locomotiva gigante no meio do palco é o prelúdio de duas horas do mais puro e clássico rock. E no intervalo entre Back in Black e Thunderstruck, aproveitei para tirar o anel de noivado do bolso e pedir, oficialmente, a Iara em casamento. Ela chorou litros, mas já estava com os olhos secos e sorriso no rosto quando Angus Young começa seu strip-tease em The Jack.

Eu e a Iara, exibindo o anel e os ingressos!
Eu e a Iara, exibindo o anel e os ingressos!

O Brunão teve a péssima idéia de ir no banheiro e perdeu Brian Johnson correndo os 120m de palco na direção do sino gigante com o símbolo da banda para o início de Hells Bells. O estádio quase vem abaixo depois com a sequencia de hinos, como Highway to Hell, T.N.T., You Shook Me All Night Long e Let There Be Rock, com solos infinitos de Angus, que nem parece um cinquentão. No bis, For Those About to Rock (We Salute You), com direito a muitas explosões e queima de fogos no final. Saí do Morumbi cansado, sem voz, com um sorriso no rosto e, pudera!, noivo.

Com esse show, somado ao Bridges to Babylon dos Rolling Stones em 1998, posso dizer que a veia do rock estará pulsando por ainda muitos carnavais.

We Salute You!

By Anand

Engenheiro, Baterista, RPGista e nerd de carteirinha.

7 comments

  1. Realmente, lição aprendida: nunca mais saio no meio de um show excelente pra nada nesse mundo. Se precisar, mijo nas calças!

    De novo, parabéns pelo proposal mais genial de todos!

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