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E hoje assisti ao polêmico Tropa de Elite. Na minha opinião, longe de ser um Cidade de Deus, mas dá para entender porque foi um fenômeno instantâneo no Brasil. Num país de completa impunidade (para os “mocinhos” e “bandidos”), ver alguma justiça, mesmo brutalizada e cega, dá uma sensação que não existe no dia-a-dia. Tinham que fazer um filme dum justiceiro que fosse matando deputados, senadores, empresários, servidores públicos e outras categorias das corrompidas em nosso país. Mesmo também sendo completamente fascista, também daria esse “gostinho”.

Eu não tenho a solução para o fim desse ciclo de violência do tráfico, mas também me identifico com o coro que quer dizer perdeu, preibói. Apesar de ser favorável à completa descriminalização da maconha (e já ter fumado uns beques aqui e ali na vida), nunca comprei bagulho. Nunca coloquei grana nesse círculo, mas conheço gente que coloca. Neguinho que pode viver sem, se quiser, mas compra porque quer curtir o barato, igual a legião de jovens que se entopem de álcool todos os dias em qualquer balada. Eu acho que nego que quer fumar um, ou encher a cara, que faça em casa, que plante sua erva, ou saiba de onde vem, pelo menos. Senão, tá financiando o tráfico.

Enfim, é um lance controverso, e dá pra entender o apelo. Como efeito colateral do filme, agora posso entender todas as referências do filme que vieram nos SPAMs por e-mail e na (sub-)cultura da Internet. Eu tava quase pedindo pra sair.

Até!

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Ontem foi um dia cheio. Ainda meio quebrado da aula de caratê de quinta, fui almoçar no Waterfront. Lá, aproveitei para ir ao cinema, acho que pela segunda (no máximo terceira) vez esse ano. Fui assistir a refilmagem do Invasores de Corpos, The Invasion, com Nicole Kidman e Daniel Craig. Achei o filme bem massa, é um thriller bem bacana. Um belo meio termo entre ficção científica e filmes de zumbi.

Depois do filme (onde eu era um de três na sala de cinema), dei uma passada no Two Oceans Aquarium, já que sou membro. Eles estão renovando um monte de coisa, e as focas se mudaram para Durban. De lá, fui para a Cape Studies School of English, em Sea Point, onde o pessoal da escola me chamou para um Braai (o churras sul-africano).

Levei o violão, e fizemos altas cantorias, primeiro em português, depois com vários Beatles pela noite. Foi bem massa. Também comprei mais dois álbuns da Madam & Eve, e volto com quatro na bagagem para o Brasil.

Até!

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Ontem fui novamente no Philosophy Café, que estava muito mais cheio desta vez. A discussão foi centrada no poder e auto-definição do Eu. Quando alguém diz “Eu sou…” alguma coisa, isso tem um grande impacto na sua distinção e motivação. O ponto de partida da discussão veio de um livro de um filósofo americano, Alphonso Lingis [Google Books, Wikipedia], chamado The First Person Singular. Leia uns trechos abaixo:

‘But there are instances when the word “I” has a special force. “I am on my own now.” “I am a mother.” When, alone or in the presence of others, she says “I”, she impresses it upon herself, and her substance retains it. With these words, she takes a stand and faces ahead.’

‘The power to fix my own word on myself is a power that leaps over the succession of hours and days to determine the future now. One day, deep in the secrecy of my heart, I said, “I am a dancer,” and it is because and only because I uttered those words that I am now on the way to becoming a dancer.’

‘Our word, “I”… is the first and fundamental way we honour ourselves… The word of honour we have fixed upon ourselves is the real voice of conscience.’

“To say “I am a dancer” is not to impose upon myself an overall coherence and cohesion. In the heart of myself I am a dancer; but the whole of what I am is a singular compound of fragmentary systems of knowledge, incomplete stocks of information and discontinuous paradigms, disjoint fantasy fields, personal repetition cycles, and intermittent rituals.’

‘Our dancer conscience is not at all a critical function, a restraining force… Our artist conscience does not torment us with guilt feelings. In the words “I am a dancer!” “I am a mother!” “I am young still!” we feel surging power. Our pride in ourselves is a trust in the power of these words. There is a trembling pulse of joy in these words and a foretaste of joy to come. We trust our joy, for joy is expansive, opening wide upon what is, what happens, and it illuminates most broadly and most deeply.”

Lembrei de como eu tenho um pouco a ambigüidade de ser ao mesmo tempo Daniel e Anand. De me chamar Daniel, mas ser o Anand. E também pensei na questão da auto-definição. Até um tempo atrás, minha definição mais centrada seria dizer “eu sou um engenheiro”. Agora, não sei muito mais se existe uma definição central. Afinal, sou também um baterista, um gerente de projetos, um nerd, todas definições que me trazem prazer no orgulho dessas definições.

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E esqueci de contar, esse Sábado eu fui no jardim botânico de Kirstenbosch, perto de Claremont. O lugar é muito lindo, na beira da montanha, com vários gramados para curtir o sol e várias plantas e árvores bem africanas. O dia não estava dos melhores, mas fez com que o sol fosse muito mais gostoso quando ele aparecia. A foto abaixo é de lá.

Até!

Nostalgia

Hoje bateu uma nostalgia, uma lembrança dos momentos marcantes da vida. Uma coisa que eu reparei, tentando lembrar os momentos mais importantes ou memoráveis, é que várias vezes não foi necessariamente um momento bom ou feliz. Claro, na maioria das vezes é, mas tive vários momentos tristes ou sofridos que foram realmente marcos, e que foram muito importantes como aprendizado. Ou traumas, vai saber! 🙂

Momentos que lembro, com a família:

  • Brincando com os meus irmãos no sítio de Poços, na piscina, no pomar, no ribeirão;
  • O dia que meu tio Flávio morreu (e os dias seguintes);
  • Quando fui para a Disney World com meu tio Adriano e os primos;
  • Jogando Monkey Island e outros jogos no PC, com o Caetano e o André;
  • Jogando RPG nos primórdios, com o Labelas, Mentor e Lupus;
  • Meu primeiro porre, em Poços, no Quississana, chorando com o Caetano (não sei nem se ele lembra);
  • Quando comprei a espadinha dos Changemen com o Caetano (essa história merece um post só para ela);
  • Quando minha mãe veio me visitar em Poços, acho que em 1992, enquanto eu morava com minha avó Luli;
  • Um natal que teve um temporal no sítio, e estávamos sem luz, e ficamos todos juntos no quarto do meio;

Momentos profissionais:

  • Quando ganhei meu primeiro computador, um 386-SX com monitor VGA, indo para Maceió;
  • Quando levei a primeira (e so far, única) carcada monstro do meu chefe na Padtec;
  • Quando apresentei a minha gerência para os clientes da Padtec, no Rio de Janeiro;
  • Quando fui para os Estados Unidos apresentar a gerência para os gringos;
  • Quando passei com dez em uma das matérias mais difíceis da faculdade (Análise de Algoritmos);
  • Quando passei no vestibular da Unicamp;

Momento com os amigos:

  • Jogando videogame ou passando a madrugada com o Flávio, Joel e Leandro em Poços;
  • Jogando War, baralho e indo na piscina com os amigos de verão no Quississana;
  • Jogando RPG com o Xambão e a Cris, depois com o pessoal da ARQA, depois com o Spock, Daniel, Moicano, Miguel, Mônica, Thaís, Xande, Alessandro e muitos outros;
  • Sendo “expulso” da república pelo Celso e a Cristiane;
  • Morar nas repúblicas Havaí e na Bundes;
  • Ir para Mairiporã ou fazer festa a fantasia com a panela (ou mesmo estudar MecGe);
  • Assistir filme trash e ir comer no Greg com o Gugs;
  • Bater altos papos nerds com o Kil, Kika, Mário, Danilo e cia em Barão;

Momentos pessoais:

  • Tocando e apresentando com as bandas;
  • Quando conheci a Iara em Cunha;
  • Quando a Isabel veio se despedir de mim quando eu fui morar em Maceió;
  • Quando finalmente desencanei da Milena;
  • Deixando a Lana na casa da Laura;
  • Quando me apaixonei pela Alessandra;
  • Quando fiquei preso no paiol;
  • Quando perdi as eleições do DCE, e quando ganhei as eleições pro CACo;
  • Dom Brás tocando Feliz Aniversário para mim na CompEnAgri (festa da Unicamp);
  • O show dos Rolling Stones (com Cássia Eller e Bob Dylan);

E muitos outros, que não vem a cabeça agora, mas vem no momento certo. Resumindo, foram vinte e oito anos bem massas, e que, pasmem, foram só o prelúdio pro resto da minha vida! E que agora, apesar de meio sozinho, está rodeada de mar e montanhas, no melhor do verão da península da Cidade do Cabo. I am really blessed.

Peace!

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Hoje escaneei uma dúzia de fotos antigas que minha mãe guarda por aqui, e fiz o álbum aí de baixo. Tem umas fotos bem legais. Repare numa delas que eu já era fã do Superman de pequeno.

Fotos Antigas

Até!

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