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E estou de volta em Dar. Internet, só aqui no trabalho do Peter. Em casa, quando tem luz já é lucro! 🙂

Estou tentando “uploadear” as fotos, não sei se vai rolar. Estava dando uma síndrome de abstinência de Internet, mas depois de tanto tempo fui ler meus e-mails e 90% era só zoação com o Corinthians. Mas recebis e-mails e comentários simpáticos também, obrigado!

Amanhã vamos para a Ilha de Bongoyo, dar uma mergulhada nos corais, nadar e tals. Na terça, vou para Zanzibar, a ilha mais árabe da África! E dia 16, de volta para Fish Hoek.

Até!

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Acabo de chegar de volta para Dar-es-Salaam, depois de ir para Moshi, Arusha, e o parque Tarangere, na beira do Kilimanjaro. No parque, eu o Peter fizemos um belo dum safari. Vocês podem conferir as fotos lá no meu álbum do Picasa.

Moshi fica uns 500km de Dar-es-Salaam, na beira do Kilimanjaro. Ficamos na casa da Lisa, uma alemã amiga da minha mãe. De lá, eu e o Peter fomos para o Tarangere, um parque próximo de Arusha. Ficamos no alojamento do parque, e fizemos dois passeios de carro. Um, no mesmo dia que chegamos, próximo do por do sol, e outro no dia seguinte, as cinco da manhã. Foi bem legal. Esse parque é considerado um dos melhores para ver elefantes (e foi mesmo) e Baobás. Não conseguimos ver nenhum felino, mas valeu bastante a pena.

A Tanzania é bem africana mesmo. O kiSwahili é bem interessante. Hakuna Matata é coisa para turista (e eles até falam para os brancos/Mzungos), mas na real esse termo não existe entre os nativos. Safari é viagem, Simba é leão, e outras coisinhas assim. Aqui, cumprimentos são muito importantes. Não importa quem/quando/onde, tem que perguntar da família, do trabalho, se está tudo bem, desejar paz (Salama!) e aí sim, pode entrar no assunto (que horas são, por exemplo). Entre jovens, um simples Mambo? (Belê?) Poa! (Sussa) tá valendo.

Outra coisa interessante é que apesar do calor danado, todo mundo usa calças compridas, e com freqüência camisas de mangas compridas. E bermudas e ficar sem camisa é considerado desrespeitoso. Um carioca ou baiano estaria perdido por aqui. Sem falar nos Massais, que usam aquele monte de pano no corpo! Estou lendo sobre a região leste-central da África, que um lugar muito interessante, contendo a Tanzania, Kenya e Uganda.

E depois de conhecer a história da África do Sul com duas biografias do Mandela e a visita ao Museu do Apartheid, agora também estou lendo a respeito num romance do Kurt Wallander, personagel do Menkell, escritor Sueco que eu gosto (o Gugs também). O romance se chama The White Lioness, e eu recomendo.

Ainda fico aqui até o dia 16, que é quando eu volto para Fish Hoek, na África do Sul. Enquanto isso, aproveito a piscina e calor constante de todos os dias. Final de semana que vem estamos planejando de ir para Zanzibar, ilha praticamente árabe, que não é longe aqui de Dar. Aliás, o nome Tanzania vem do lago Tanganyca, que corta o país na fronteira com o Congo, e das ilhas de Zanzibar.

Até!

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Finalmente cheguei na África de verdade. Aqui em Dar-es-Salaam tem tudo icônico africano que você pode imaginar. Grande maioria negra, a língua do Hakuna Matata, um calor de te deixar suando o dia inteiro (e a noite também), malária, pobreza, estradas precárias, falta de água e falta de luz e tudo mais.

KiSwahili, a língua mais falada por aqui, é a língua franca e do comércio de toda a África Central. É falada, além da Tanzania, em Moçambique, no Congo, Botswana, e outros mais. Já aprendi o basicão (tafadhali e assante sana, por favor e muito obrigado). A moça que trabalha aqui, Mama Bignola, fala trocentas línguas! Além do Inglês e kiSwahili, fala Xhosa, Zulu, e outras que nem sei o nome. Ah, qualquer senhora é Mama, aqui na Tanzania. Minha mãe é Mama Valéria as well.

Fiquei impressionado como as moças negras são bonitas aqui! Muito gatas mesmo. E tipo gente no meio da rua, não no meio do shopping. Na África do Sul, as gatas são brancas, mas todas super produzidas…

O calor é descomunal. Lembra Maceió, mas já faz mais de 10 anos que deixei o Nordeste brasileiro e estou desacostumado. Você acorda suado, está suado depois do banho, e não consegue colocar camisas de jeito nenhum! Ainda bem que rola um ar-condicionado no carro, e em vários restaurantes, lojas, tals.

Aqui em casa (que é enorme) tem uma delícia de piscina, especialmente de manhã. Depois das nove, fica impossível para mim ficar no sol, e no final do dia fica gostoso de novo, mesmo com a piscina super morna.

O trânsito é um caos completo. Vai no vermelho e para no verde, mas isso só quando o sinal está funcionando. Temos um Land Rover aqui, que é massa de dirigir, mas esqueci minha habilitação em Cape Town! D’oh!

Os mosquitos dão a maior paranóia. Durmo com rede mosquiteiro, e tem repelente de tempos em tempos pelo corpo. Não que seja mega trevas assim, mas em país com Malária, não tem outro jeito, só prevenção mesmo.

Em geral o povo é alegre e receptivo. A miséria e pobreza são evidentes do lado de fora do portão de casa, e essa é uma vizinhança mais rica.

Meu plano é ficar aqui pelas próximas três semanas, aproveitando bem a piscina. Barbudo, cabeludo e queimado de sol, vou voltar igual a um náufrago. Ainda bem que o Peter e a mãe estão por aqui para não precisar do Wilson.

Até!

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Amanhã, às quatro da manhã, saio daqui de Fish Hoek para Dar-es-Salaam, capital da Tanzania (na verdade a capital é Dodoma, mas era Dar), com previsão de retorno dia 17 de Dezembro. Não devo ter Internet regular por lá, então fica aqui um até breve. Estou levando a máquina fotográfica para mostrar para vocês um pouco de lá quando eu voltar.

Até!

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Achei esse site muito bacana, o ANIMOTO. Ele cria vídeos em cima de álbums de foto, inclusive importante automaticamente do Picasa. Muito da hora. Em menos de cinco minutos, fiz o vídeozinho abaixo da Johnny Rocker:



Muito bacana. Dá pra fazer maiores, mas resolvi fazer um curtinho para ver como era. Até!

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E terminou minha semana aqui em Johannesburg. Foi bem proveitosa, entrei em contato com clientes, melhorei meu inglês, e hoje aproveitei o último dia para ir ao Apartheid Museum, um museu gigante que conta a história do sistema racial de separação que marcou a África do Sul para sempre. É muito bem feito, conta a história de um jeito bem acessível e dinâmico. Mas a história, claro, é muito triste. Tem um belo resumo na Wikipédia.

O mais impressionante é saber que quando eu era moleque, o sistema estava firme e forte por aqui, e só finalmente caiu quando a liderança da África do Sul deixou de ser relevante no contexto da Guerra Fria, e os EUA começaram a pressionar com boicotes. Claro, teve vários fatores internos, mas se os EUA (e a Grã-Bretanha também, em menor escala) ainda quisessem uma garantia anti-comunista no cone sul africano, acho que ainda teríamos um governo branco por aqui.

Outra coisa bem interessante é que só haviam visitantes brancos no museu. Encontrei dois curadores, planejando uma nova exposição temporária, também brancos. Mas o caixa, seguranças, garçons e atendentes eram todos negros. Que fim do apartheid, heim? O governo da ANC passa por um problema bem semelhante ao governo do PT no Brasil, o completo deslumbre pelo poder. Triste.

Tirei essa foto, do skyline de Johannesburg, do museu:

Até!